domingo, 30 de agosto de 2009

Quase lua cheia

Abriu os olhos e viu quão pouco produtiva era a vida que levava. No outro dia, ela acordou com a pior dor no peito que já tivera até então; ele já era dela, o coração dele escapou entre as frestas da mão e dos erros dela. Contudo, ela estava livre; não era mais dele. E isso, de alguma forma, a incomodou muito. Ela queria aquela proteção e segurança que sentia ao ser dele. Abraçar o travesseiro foi a forma mais fácil que ela encontrou de sentir isso. A sensação matinal era a pior de todas. E pra piorar, isso aconteceu durante alguns dias ou algumas manhãs... ou ainda acontece. E estranho é que ele sentiu/sente a mesma coisa, ao mesmo tempo. E nesse momento em que eles percebem que a magia não está perdida, ainda. E que viver e sofrer à dois é melhor que viver e curtir sozinho.

De novo, aquela sensação de vazio me invade e me mostra que não há mais nada dentro de mim, além de uma pequena vontade de viver. Pequena mesmo, ao ponto de ser irrelevante em meio a tanto vazio. Talvez assim seja realmente melhor.

Os olhos não mentem, o coração não mente. A lua não mente, nunca.

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