terça-feira, 19 de janeiro de 2010

To home

Me curvo, pequeno e acanhado, para apanhar do chão o pouco do doce do amor que você me deixou. Me ergo, e você já não está mais aqui.
Volta, eu preciso dizer que esse doce não vai alimentar nem meus dentes, quem dirá, então, meu estômago a coração; volta, não precisa ficar, só me deixa falar uma meia dúzia de palavra que não há tanto tempo; volta, não precisa dizer nada, sem considerar nada, só me escuta... só mais essa vez.

domingo, 17 de janeiro de 2010

No more

É uma tristeza, sem nome, sem tamanho. Me aperta o peito, me faz querer chorar. E aí a timidez segura, lágrima por lágrima. É uma tristeza, sem nome, sem tamanho; sem início, sem final; sem porquê. É uma tristeza que é só é calada quando teu corpo se aproxima do meu, nossas mãos se encontram, e você pergunta, sorrindo, como foi meu dia.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Falando de mim.

Eu me torturo, eu acabo comigo. Eu fabrico meus pesadelos, só pra depois me fazer de vítima. Eu tenho necessidade de carinho e atenção. Esses são uns dos meus piores defeitos. Mas eu... ah, eu luto contra isso. Deus sabe que eu luto! Em noites assim, de vento, eu só queria um sentimento que acolhesse todo meu corpo, minha cama, meu quarto, me protegendo dessas ondas de ar que, aos poucos, vai ocupando cada espaço.

Em dias assim, sonolentos, eu só queria um corpo quente afim de dividir uma cama, por algumas longas oito, nove ou dez horas.

Ao acordar de pesadelos assim, tão torturantes, eu só queria tuas mãos no meu rosto, teus olhos nos meus e tua voz me dizendo que não passava de um pesadelo, que tudo está bem, que você está aqui, comigo, agora e para sempre. E que ainda era tarde e tínhamos muito o que dormir ainda, juntos.
Mas chega de falar de mim. Agora, senta aqui e me fala de você, meu amor.


http://www.fotolog.com.br/nofinaldafesta

Again.

De novo, de novo, de novo e de novo. Não vamos parar, nunca. E todo esse tempo se converte numa pequena fração de segundos, quando comparado ao tempo real dos meus sonhos, do futuro sonhado.

I miss.

Eu sinto falta de mim; de como eu era há algum tempo, de como eu pensava e me sentia. Eu sinto falta da confiança, da harmonia, do clima bom que tinha cada começo de ano. Eu sinto falta de querer fazer aniversário, de desejar presentes e abraços; de conseguir passar por cima dos poucos problemas, não me importar, não me estressar, não me desgastar. Sem papo emo ou veadagem... tem gente que nasce com a sensibilidade nada em comum com o sexo. Pessoas tão frias, tão quentes vão deixando em mim marcas, algumas feridas, alguns arranhões, alguns sorrisos, algumas decepções, assim, expostas à olho nu, disponível a quem queira ver. A imagem não é bonita de se olhar, tão pouco o gosto é bom de se sentir. Mas o melhor, o mais arrepiante e surpreendente é que, no final das costas, eu só vou me lembrar, de fato, das marcas; cada uma dessas marcas me contarão histórias, a imagem ou o gosto já vão falar tudo por si próprio.

Eu quero ser o cara mais marcado do mundo. Quero receber e me fazer marcas enquanto, em terra, meus pés pisarem.

Bipolar, bipolar.

Tem características, manias, formatos em mim que mudam muito, mas tem muitos que nunca mudam. Eu evoluo, sempre; e sempre me descubro tão pouco evoluído quando meus pontos fracos são, então, expostos e cutucados; minha regressão toma formato de ignorância, o sangue me sobe, as palavras saem, enfim, desnorteadas da minha boca, sem nenhum nexo. Entretanto, não dou-me 10 minutos para arrepender-me de metade do que disse, do que chorei, do que gritei, do que irritei. Então, tento voltar atrás. Às vezes, o erro é remediável, mas a maioria das vezes, não. Então lá se põe o bom e velho Marcelo a chorar outra vez. Não que isso seja algo tão significativo; eu me comovo fácil, qualquer coisa me chorar e refletir. E depois de meia hora, eu volto a deixar-me levar pelo impulso. E aí se fazem meus dias, impulsivos, bipolares. Meus dias longos, meus dias curtos.
*Coleciono, cada vez mais, arrependimentos e decepções. Não poderia ser diferente, sendo assim, como sou, como faço ser.

Welcome, 2010!

Seja bem vindo, 2010. Eu vou fazer de ti, o ano mais foda da minha vida! Anota aí.
É chegada a hora de levantar todos os fatos, sensações e sentimentos marcantes de 2009.
Eu mudei minha maneira de ver o mundo. Ou melhor, o vi de uma forma mais ampla. Eu encontrei pessoas incríveis, eu descobri pessoas incríveis em gente que eu já tinha encontrado. Eu me descobri. Eu vi, senti e vivi uma paixão se tornando amor, dia após dia; e todos os sonhos ligados à esse tal amor, se concretizando, dia após dia. Participei do crescimento, fortalecimento de uma família, tal como presenciei seu enfraquecimento. Eu quase perdi minha vida no ínicio do ano, e de novo no meio do ano. Eu desacreditei no amor, só para acreditar no outro dia. Eu encontrei conforto em páginas de revistas, ou de blogs. Eu encontrei decepções em torpedos, olhares, ligações, palavras. Aliás, 2009 talvez seja o ano em que minha coleção de decepção mais aumentou. De repente, tudo que eu imaginei, já não existia. E foi generalizado. Não houve um pouco sequer em que tivesse dado continuidade. Mas, em compensação, vieram as curas para tais decepções. Umas que eu mesmo fui capaz de curar; onde eu chego à conclusão de que, esse ano, eu me descobri eu mais que nunca! Eu perdi pessoas que não sabia ser capaz de perder, e ganhei pessoas que eu não sabia ser capaz de ganhar. Eu vi a verdade por trás de todas as máscaras que sempre me cercaram, abri meus olhos pra ver diante do meu nariz, e vi um mundo decepcionantemente mórbido. Mas, no outro dia, eu vi minha capacidade em criar e modificar um espaço meu, lindo ou feio, bom ou ruim, como eu quisesse; mas sem sair daquele mundo mórbido, entretanto capaz de me salvar de todo, ou da maioria dos aborrecimentos causados ali. Eu senti a dor da separação, a dor da falta diária, contudo vi a importância que tinha aquilo que me fazia falta. Amizade a gente não encontra em qualquer lugar, confiança não é vendida em qualquer esquina, cumplicidade não é ganhada em algum tipo de sorteio, apoio incondicional não é achado por acaso na rua; tu conquista teus amigos, a confiança, a cumplicidade e o apoio incondicional deles. E está aí outra coisa que eu aprendi esse ano. Mesmo que tu veja a importância em alguém, sem reciprocidade não há nada que funcione. Afinidade: eu nem sabia que isso existia, foi quando vi que duas pessoas podem se conectar, temporariamente ou para sempre, por um único motivo. Dizem ser amor à primeira, eu digo que é afinidade. Uma troca de palavras, olhares ou toques. E aí você nunca mais se esquece daquele tal que te apareceu. Mas também, a afinidade pode ser construída, dia-a-dia, em cima de um sentimento maior, também criado com o tempo. Eu ainda me descobri bipolar, "pavio curto", antiquado e com alma de velho. Mas acima de tudo, eu descobri que todas todas as pessoas têm o poder de se fazerem felizes, de sonhar e de aproveitar cada momento. E, assim, acabou meu 2009. Tudo me preparando para o 2010. Vai ser tri bala! Vai vendo. Eu vou viver, ser, ver, sentir tudo que eu quero, tudo o que vier pra eu querer.

"Ela com os pés no chão, ele não."

A verdade é que eu nunca saí daqui. Eu, nem ao menos ousei pensar em sair daqui.
Já você, não teve a mesma paciência. Ou carência. As palavras me fugiram, agora. Elas me fogem sempre que eu ponho a caneta à mão, para te enviar, qualquer recado que fosse. As palavras voam como as várias ideias vagas sobre nós dois. Não precisamos mais de descrição ou rótulo, precisamos nos pertencer novamente. Precisamos nos entender, nos completar, definitivamente para sempre. Volta logo; tu não sabe o que te espera, na tua chegada.

It's not ok.

Acontece e desacontece tão rápido. Não sou bom em adaptação, você já deveria saber.



Você veio e se foi, sem nem avisar. Passou na porta, só pra dizer que não queria entrar.



Fica, dessa vez. Não vai de novo. Fica, pra sempre. Fica, faz os meus dias interminavelmente felizes. Fica, a lua cheia já vem vindo. Só pra você e eu.

Não vá, agora.

Não há mais porque acabar, você nem precisa fugir mais. Nossos destinos estão ligados, para sempre. E eu quero te prender aqui, na cabeceira da minha cama, aos pés do meu coração. Só estenda suas mãos e me deixe te prender, para sempre. Nossos destinos estão ligados.

Encontro, reencontro, distância.

Eu te encontrei, da maneira mais singela. Eu te encontrei na saudade e nas músicas, nas poesias e nas melodias, nas letras e nas fisionomias, nas paredes e nos símbolos, nos dias e nas noites. Eu te encontrei em mim, na minha vida. Eu te vi ali, tão só minha, impossível dali sair.
Te ter tão perto e estar tão longe. Te ter tão longe e estar tão perto. Eu já não sei mais qual distância é significativa. Eu já sei que a principal acabou de romper, com os nossos corações tão juntos.

Mudança em baldes.

Chutou o balde, cheio de histórias, lágrimas, noites em claro, textos e mais textos. O balde que fora branco e, agora, já está imundo de sujeira, mentiras, dores, angústia. Uma vez derramado, não volta mais. Todo conteúdo ali era líquido, e se foi. Pra sempre. Imperceptível a mudança. Tudo mudando e se renovando. Eu continuo o mesmo, eu nunca vou mudar. Eu mudo meu comportamento com aquele ou com aquele outro que me faz mal. Mas eu, eu não mudo. Eu mudo minha opinião sobre aquilo ou aquilo outro, se percebo o erro ou a falta de veracidade. Mas eu, eu não mudo. Nunca. Mesmo com o balde virado, com tudo no chão, jogado fora, eu continuo o mesmo, e não ainda assim, não sinto a mínima vontade de mudar. Eu me adapto, acostumo, controlo, deformo, modifico, movo, volto, mas eu não mudo. Eu não mudo.