sexta-feira, 16 de outubro de 2009

One more time

Uma teoria contradita, um assunto inacabado, uma discussão mal resolvida, uma semana estranhamente emocionante. Tanta coisa ao mesmo tempo; ora um alívio, ora um aperto. Meu peito virou agora um acordeón.
Não sei se valeria mesmo a pena, não sei para que lado a balança tá inclinada, não sei nem se ela está de fato inclinada. Minha palavra principal é incerteza e a rotineira é choro. Talvez seja um aviso, talvez não. Talvez isso só seja o funeral de tudo aquilo que vem morrendo. Espero ansioso para o tão temido enterro.

Eu descobri que sou igual a você e isso é uma decepção a mais, porque eu descobri quão tolo eu fui por tanto tempo. Eu queria ser pra você o que você foi pra mim, mas é, meus sonhos nem sempre conseguiram alçar vôo e meus textos nem sempre tiveram efeito. Espero que isso um dia seja reconhecido.

O teu sorriso, assim, bem proximo de mim. Tua respiração se aproximando enquanto acelera meu pulso. Meus lábios tremendo no compasso das tuas mãos, no instante em que as minhas gelevam. Consigo aos poucos me mover e te acompanhar. Aquele teu sorriso.. me intimida tanto! Ao teu lado, pareço um amador; eu me desconheço. É tudo novo, tudo supreendente. Eu sonhei tanto tempo com isso que mal poderia acreditar. Se tuas mãos não estivessem ali, percorrendo meu rosto e me trazendo arrepios, eu duvidaria da veracidade da cena. Tudo aquilo se realizando, naquele dia, com aquela chuva, aquele filme, aquela comida; tudo, exatamente tudo, como fora programado. Você me conta como foi o caminho até ali e eu sorrio como um bobo, nem parece que há algumas semanas atrás éramos tão intimos. Você me critica, me bate, me beija, me xinga, me abraça. Você é tão linda, mais linda do que eu podia imaginar. E sua perfeição... Ah, sua perfeição ultrapassa tudo aquilo que eu já havia idealizado! Esbocei mentamente uma despedida e me aproximei de você que, à essa hora, já estava novamente cercada de pessoas. Eu ainda esperava por aquele beijo, aquele, sabe? E talvez a hora seria aquela, eu só queria o momento. Segurei na tua mão e te puxei para o lugar mais apropriado. E, de novo, me fui surpreendido pela magia do teu rosto, teu sorriso, teu encanto. Te disse, então, a má notícia. Você me abraçou, como uma criança que não queria deixar escapar aquele cara que carregava consigo um bocado de paixão, alegria, bondade, humildade e tudo que tu sempre quis. E aí... aí eu ignorei a magia dos teus olhos e te beijei. Foi diferente, pra nós dois. Você viu que era necessário uma casa, algumas velas e... e nós dois. Nessa hora, minha obrigação de pegar o onibus de volta já tinha evaporado. Sussurrei algumas palavras do teu ouvido e você concordou. Foi inesperado. Não sabia que eu iria querer e nem se você toparia. Você desce do salto e entra no meu carro emprestado. 15 minutos nos separavam do nosso paraíso e esses 15 minutos, foram reduzidos à 15 segundos por aquelas mãos, pescoços e linguas. Então chegamos na casa, na sua casa. Parecia novela.. tudo armado. Fui descobrir um tempo depois que era intuição feminina, entretanto nunca soube lidar com isso. Mas chegando ali, naquele cenário mais-que-perfeito, foram nossos corpos e os instintos dos mesmos que tomaram conta de dirigir e encenar. Um tempo depois de estarmos ali, naquela lua-de-mel improvisada, eu percebo o quão você é estraordinariamente linda! E então dormimos abraçados, entrelaçados e enrolados. Amanhace e você continua ali, dormindo, tão linda como sempre estivera. Te dou o beijo de bom-dia. E aí é hora do verdadeiro eu acordar. Mais um sonho não-contado ou não-lembrado. Mas claro.. não por mim.

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