segunda-feira, 5 de outubro de 2009

05 de Outubro

Eu esbocei tanto um começo, uma forma de iniciar uma fala ou uma escrita onde eu colocaria tudo que eu quero, jogaria para fora, esguicharia como água. Mas são idéias sem ligações; várias coisas sobre vários assuntos, mas nada que os ligue, que os coloque em palavras.

Eu tava em um lugar, com as pessoas mais distintas, totalmente diferentes de mim. Eu tava fazendo algo que eu não fazia há bastante tempo. E aquele pequeno tempo, naquele vasto lugar, foi mais mágico do que eu mesmo poderia pensar. E eu só percebi isso quando eu já tava aqui, distante de tudo aquilo, especial. Eu aproveitei como jamais havia pensando em fazer. Isso me encheu, encheu tanto que eu pude pensar que estava completo; mas não, completo fica muito complexo pra esse contexto. Acho que eu nunca soube definir de fato o que é "estar completo".

A noite cai, a lua se fixa nesse céu, e o frio que acompanha o vento lá fora parece alcançar meu coração, agora. Minhas metas se perdem, meus ombros descem, tais como meu humor, meu ego, meu ânimo diário. Eu acordei bem, junto com aquele amarelo irradiante que invandiu minha janela, sem a minha permissão. O amarelo que permaceu quase o dia todo, até que fosse totalmente borrado com vermelho, cinza, azul, e as tuas outras cores que eu não fiz questão de distinguir.

No fundo, eu ainda quero pagar pra ver, minhas mãos suando novamente, meu coração ora pulsando na garganta, ora apertando meu peito, meus olhos se lacrimejarem de emoção, meus lábios abrirem um sorriso único. Eu pago pra ver a paixão acessa.

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