segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Falando de mim.

Eu me torturo, eu acabo comigo. Eu fabrico meus pesadelos, só pra depois me fazer de vítima. Eu tenho necessidade de carinho e atenção. Esses são uns dos meus piores defeitos. Mas eu... ah, eu luto contra isso. Deus sabe que eu luto! Em noites assim, de vento, eu só queria um sentimento que acolhesse todo meu corpo, minha cama, meu quarto, me protegendo dessas ondas de ar que, aos poucos, vai ocupando cada espaço.

Em dias assim, sonolentos, eu só queria um corpo quente afim de dividir uma cama, por algumas longas oito, nove ou dez horas.

Ao acordar de pesadelos assim, tão torturantes, eu só queria tuas mãos no meu rosto, teus olhos nos meus e tua voz me dizendo que não passava de um pesadelo, que tudo está bem, que você está aqui, comigo, agora e para sempre. E que ainda era tarde e tínhamos muito o que dormir ainda, juntos.
Mas chega de falar de mim. Agora, senta aqui e me fala de você, meu amor.


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