sábado, 14 de novembro de 2009

I'm waiting for you

E, se eu te ligasse, agora, daqui, desse lugar estonteantemente barulhento, te acordasse e te falasse o motivo que me levou a pensar em te ligar? Não, você não ia entender. Isso é, se você atendesse. E, se por acaso, acordasse e me atendesse, diria: a gente conversa amanhã, Marcelo. Viraria para o outro lado e dormiria. Não, eu não ia entender. E é esse o motivo que me faz guardar o celular. Outra vez.
No final de tudo, eu só queria mesmo saber o que fazer com essa saudade, com os escritos destinados à você. Vem. A distância é motivo muito pequeno pra me faz amar menos. Vem. A saudade está apertando tanto ultimamente. Vem. Tudo que eu quero, agora, é ouvir de ti o que tu sente, é te abraçar apertado e parar teu mundo, é sentir tua pele nos meus lábios e depois sussurrar aquelas palavras ou músicas até, por fim, você pegar no sono, e então, eu dividir contigo o mesmo teto, a mesma cama, o mesmo travesseiro, o mesmo corpo.
E cada pequeno detalhe, cada cor, formato, relevo, objeto, e cada cheiro em mim, pertence à você. Ainda que você nunca pudera sentir algum desses tais detalhes. É tudo pra você. Segura contigo. Segura, porra! Eu não quero nada de volta, eu não quero meu coração, meu cheiro ou minha cor. Fica com tudo, cuida de tudo. Para sempre, além do céu. Não me peça pra ir embora, não tente me tirar do meu lugar, outra vez. Me deixa te segurar comigo e não mais te deixar fugir. Vem. Eu quero saciar o meu querer e saber do teu, e saciar o teu. Vem. Quero te ensinar quão mais fácil é lidar com as diferenças, quero te explicar como eu vivo e quero aprender a viver como você. Com você.
Vem. Eu tô te esperando, no lugar da onde eu nunca saí. Vem. O tempo tá passando rápido demais e eu não quero mais nenhum segundo longe. Vem. Eu posso ser melhor com você, posso ser alguém que eu nunca fui até então, posso te repetir tudo que te disse; que só disse à ti. Vem. Eu tô te esperando pra me desculpar pelos últimos três dias.

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