segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ilusão

Ele recostou a cabeça no encosto do banco de trás do carro. Ele sentiu o tremor do carro como não fizera até então. A paisagem do lado externo da janela não ajudavam muito a tentativa de evitar aqueles pensamentos e conclusões. Pensando assim, ele fechou os olhos. E sua imaginação vôou, para bem alto e distante dali. A porta da escola, as flores e os presentes. O sorriso, o beijo e a alegria. Era tão nítido quanto ilusório. Ele abre repentinamente os olhos e, então é devorado pela taquicardia que possui desde os 15. Permanece com o corpo paralisado, algum instante, e volta a fechar os olhos. A cena agora é diferente. Uma sala, um filme meloso, sofá, pipoca, mãos, felicidade e realidade. O olhar e o toque, verossidade incontestável, ali. Isso permanece por alguns curtos 20 minutos e é quebrado, então, por alguma voz familiar. Ele abre os olhos, se ajeita no banco, recuperando-se daquele projeto de sonho-acordado. E conclui que imaginando, sonhando, ele consegue tornar real, tudo aquilo que... que nunca vai sair da imaginação dentro do carro.

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